quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Meteora

As cidades

e os Destinos


Os poucos que já estiveram em Meteora não arriscam indicar uma possível direção para que se chegue até ela. Meteora não é uma dessas cidades que, por terra, logo se  avista ao horizonte. É fruto do acaso. De um encontro repentino, que jamais se esquece:
Enquanto se caminha pela floresta densa, basta um escorregão para que os cascalhos deslizem e desviem o olhar para dentro da profunda cratera onde se instala Meteora. Dalí, o olhar dificilmente consegue chegar ao solo: corre por ruas suspensas no ar que se libertam do solo para tocar a parte mais alta de seus grandes edifícios, parecendo sustenta-los como gotas de orvalho que se equilibram em folhas longilíneas almejando tocar o chão; vislumbra, em um dos bordos da cratera, uma grande cachoeira flutuar e pousar lentamente por de trás de um grande templo que contempla sua chegada à base do rio; descobre grandes lâminas de edifícios que se escoram nas linhas dos barrancos que formam a cratera; e, finalmente, retoma a superfície onde, timidamente, vê a estreita ponte – que liga as duas partes da floresta acima – depositar-se sorrateiramente sobre grandes torres centrais onde transpiram os elevadores que levam o visitante aos diferentes patamares da cidade.
Em Meteora o solo é quase intocado, seus habitantes o contemplam e o utilizam como local sagrado. Mas ainda há muitas incertezas e  indagações sobre essa cidade e os que nela habitam. Pouco se sabe sobre sua origem. O que dizem seus habitantes mais antigos, é que ela é um fragmento de uma cidade que existia em um pedaço de meteoro que colidira com a terra… que é fruto do acaso.

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